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Cresce no Brasil a procura pela cremação
A cremação vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Hoje, pelo menos 9% dos óbitos resultam nesse tipo de destinação final, segundo dados do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil
A cremação vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Hoje, pelo menos 9% dos óbitos resultam nesse tipo de destinação final, segundo dados do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep). Embora o percentual ainda seja menor que o do sepultamento, a tendência é de crescimento. Na década de 1990, havia apenas um crematório no país localizado em São Paulo. Em 2020, já eram mais de 130 unidades registradas em todas as regiões.
O interesse por essa alternativa é motivado por diferentes fatores: menor impacto ambiental, custobenefício, praticidade e possibilidade de personalização na despedida. Países como Japão (98%) e Estados Unidos (56%) apresentam taxas bem mais altas, mas o Brasil vem avançando gradualmente.
"A cremação tem se consolidado como uma opção moderna, econômica e ambientalmente responsável. É uma escolha cada vez mais buscada por famílias que desejam uma despedida mais simples e sustentável", afirma Dariê Patrício, porta-voz do Grupo Jardim da Saudade.
Além de preservar o solo e as águas subterrâneas, a cremação também permite mais liberdade para definir o destino das cinzas, que podem ser guardadas ou espalhadas em locais com significado especial para o falecido e seus familiares.
Nem sempre é possível cremar
Apesar da crescente procura, a cremação não é um processo que possa ser realizado de forma imediata ou em todos os casos. Há exigências burocráticas e restrições legais importantes. Mortes consideradas suspeitas, como acidentes sob investigação, casos que possam ser passíveis de exumação e suicídios, por exemplo, não podem ser cremadas sem autorização judicial. Esse cuidado existe para garantir que eventuais investigações não sejam comprometidas.
Outro fator relevante é que, para muitas pessoas, as crenças religiosas ou tradições familiares ainda são determinantes na escolha do sepultamento em vez da cremação.
A importância de registrar o desejo
Um ponto pouco conhecido é que, mesmo que uma pessoa manifeste verbalmente em vida o desejo de ser cremada, essa vontade pode não ser cumprida se não houver uma autorização formal registrada em cartório. Na ausência desse documento, se a família se opuser no momento do falecimento, prevalece a decisão dos familiares.
"Por isso, é fundamental registrar o desejo de ser cremado. Esse documento evita conflitos, assegura o cumprimento da vontade da pessoa e traz clareza no momento de dor da família", reforça Dariê Patrício.
Com o avanço da informação e o esclarecimento sobre o tema, a expectativa é que cada vez mais famílias possam avaliar a cremação de forma consciente, considerando seus aspectos práticos, ambientais, emocionais e legais.
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