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Great Place To Work®, consultoria global que atua com a missão de construir uma sociedade melhor por meio de ambientes de trabalho mais saudáveis, anunciou a 29ª edição do Ranking das 175 Melhores Empresas para Trabalhar™ no Brasil, consolidando o mais amplo estudo sobre clima organizacional do país. O levantamento contou com a participação de 5.322 empresas, das quais cerca de 3 mil foram elegíveis e 175 reconhecidas como as melhores, impactando diretamente mais de 5 milhões de trabalhadores.
Um dos principais destaques do estudo mostra que as premiadas apresentaram crescimento médio de faturamento de 14% em 2024, o que representa 4,1 vezes o avanço do PIB brasileiro (3,4%), reforçando a correlação direta entre cultura organizacional sólida e resultado de negócio.
Principais setores
Entre os segmentos mais representativos do ranking estão Serviços Financeiros e Seguros (23%), Tecnologia da Informação (22%) e Produção e Manufatura (13%). O setor financeiro cresceu 4 pontos percentuais em relação a 2024, enquanto tecnologia e manufatura tiveram pequenas quedas, refletindo um mercado mais diversificado. Já Serviços Profissionais, com alta de 3 p.p., ampliaram participação e consolidaram sua presença entre as melhores.
Representatividade geográfica
As empresas premiadas estão distribuídas em 18 estados, abrangendo quatro das cinco regiões brasileiras. São Paulo segue na liderança, com 85 empresas reconhecidas, seguido de Rio de Janeiro (14), Paraná (13) e Santa Catarina (13). O destaque de 2025 é o avanço da região Nordeste, que passou de três para sete estados representados.
Faixa etária
A edição 2025 evidencia o envelhecimento gradual da força de trabalho: o percentual de profissionais com até 34 anos caiu de 53% (2022) para 49%, enquanto o grupo acima de 45 anos cresceu de 16% para 19%. As empresas de grande porte (10 mil ou mais funcionários) concentram mais jovens (19% até 25 anos), enquanto as de médio porte (1.000 a 9.999) têm o menor percentual (15%).
A faixa etária predominante segue entre 26 e 44 anos, representando quase dois terços dos colaboradores.
Gênero e diversidade
As mulheres representam 43% da força de trabalho nas premiadas — em linha com a média nacional do IBGE (43%). A participação feminina cresceu em todos os níveis de gestão após queda registrada em 2024.
Nos cargos de liderança total, o índice é de 32%, com aumento de 5 pontos em relação ao último ciclo. A liderança operacional é a mais equilibrada (43% de mulheres), seguida pela média gerência (37%) e alta liderança (27%).
Já a presença de CEOs mulheres atingiu 10%, recuperando parte da queda observada no ano anterior. Esse percentual sobe para 12% nas empresas de médio porte, mas cai para 1% nas gigantes com mais de 10 mil funcionários. Setores como Serviços de Saúde (33%) e Educação e Treinamento (17%) lideram a representatividade feminina no topo.
O estudo mostra que a equidade avança, mas o topo segue concentrado. A liderança feminina ainda é a fronteira mais desafiadora — e estratégica — para a transformação cultural.
Cor e etnia
Entre as premiadas, 38% dos colaboradores se autodeclaram negros (9% pretos e 29% pardos), contra 56% da média nacional. Pessoas brancas representam 59% do total, e 1% dos colaboradores se identificam como indígenas.
Esses dados mostram que a presença negra em cargos de liderança ainda é sub-representada e que empresas com políticas de promoção interna e inclusão racial estruturada apresentam melhor desempenho no Trust Index™.
Tempo de casa
Após o pico de rotatividade no pós-pandemia, os vínculos se fortaleceram: 40% dos colaboradores têm até 2 anos de empresa, o menor índice desde 2022. O grupo com 3 a 5 anos de casa cresceu, e o percentual de profissionais com mais de 6 anos se mantém estável (14%). Essa estabilidade também se reflete nas lideranças: presidências e diretorias registram tempo médio superior a 10 anos.
Inovação e desempenho (IVR)
As empresas no estágio acelerado de inovação apresentaram crescimento médio de 25% no faturamento, contra 14% da média geral, reforçando a correlação entre cultura de confiança e performance. Em contrapartida, companhias com inovação em "atrito" demonstram queda de engajamento e menor percepção de liderança inspiradora.
Motivos de permanência
Pelo quarto ano consecutivo, a oportunidade de crescimento segue como principal motivo para permanecer na empresa (39%), seguida por qualidade de vida (30%), alinhamento de valores (15%) e remuneração e benefícios (14%).
A estabilidade aparece em último lugar (3%), indicando que profissionais buscam propósito e desenvolvimento mais do que segurança tradicional.
"As empresas que colocam as pessoas no centro das decisões são as que crescem de forma sustentável. A cultura de confiança e inovação é o verdadeiro motor do desenvolvimento econômico e humano do país", diz Tatiane Tiemi, CEO do GPTW Brasil.
Confira o ranking neste link:
https://conteudo.gptw.com.br/estudo-melhores-empresas-para-trabalhar-brasil
Sobre o Great Place To Work® (GPTW)
Por meio de uma metodologia presente em 170 países, o Great Place To Work® é a principal referência mundial em cultura organizacional, amplificando as vozes dos colaboradores através de pesquisas para diagnóstico, dados e benchmarking, possibilitando a promoção de melhorias no ambiente de trabalho e o reconhecimento por meio da Certificação e Ranking. (https://gptw.com.br/certificacao)
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