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Ferramentas práticas e acessíveis para PMEs avaliarem riscos
Pequenas e médias empresas podem mitigar riscos de segurança de dados de forma acessível e prática, utilizando ferramentas como planilhas, automação com IA, capacitação e plataformas na nuvem
A avaliação de riscos voltada para pequenas e médias empresas (PMEs), que representam mais de 80% da contratação da mão de obra no país, segundo o Sebrae Nacional, já não precisa ser algo caro ou complexo. Há hoje uma variedade de ferramentas simples e acessíveis que permitem qualquer negócio, por menor que seja, entender onde estão seus pontos frágeis e agir para proteger dados pessoais. Dados recentes reforçam como essa prática é urgente: no relatório Cost of a Data Breach 2024, da IBM, o custo médio global de uma violação de dados chegou a US$4,88 milhões, um salto de 10% em relação ao ano anterior.
Para organizações menores, esse impacto pode ser ainda mais dramático: mesmo que o valor absoluto das perdas seja menor, a vulnerabilidade financeira das PMEs pode tornar difícil a recuperação após um incidente. Por isso, usar ferramentas práticas desde já é um investimento inteligente, e não necessariamente dispendioso.
Um dos passos iniciais mais eficazes é o mapeamento de dados por meio de planilhas estruturadas. Muitas associações e consultorias oferecem modelos gratuitos alinhados à LGPD com um check-list de conformidade. Essa abordagem simples ajuda empresas a identificar falhas de design, tratamentos de dados excessivos ou fluxos desnecessários sem exigir uma plataforma complexa.
Embora não substituam auditorias aprofundadas, essas ferramentas identificam facilmente pontos de entrada comuns: portas abertas, configurações inseguras, certificados vencidos ou autenticação fraca. Muitas vezes, os ajustes sugeridos nos relatórios dessas varreduras já geram uma redução significativa nos riscos.
Além disso, PMEs podem recorrer a plataformas de gestão na nuvem (CRM, ERP, sistemas colaborativos) que já têm segurança básica embutida com controles de acesso, criptografia ou logs de auditoria. Essas ferramentas ajudam a padronizar processos, evitar o uso inadequado de dados sensíveis e reduzir a ocorrência de falhas humanas, que continuam sendo um dos vetores mais comuns para vazamentos.
Também vale investir em capacitação: treinamentos online, webinars gratuitos ou cursos curtos que podem sensibilizar a equipe para boas práticas de segurança e privacidade. Investir na cultura de privacidade, mesmo que com pouco orçamento, se traduz diretamente em menos erros operacionais e menos riscos. Outra alavanca poderosa para PMEs é a automação com inteligência artificial (IA), com soluções oferecidas por startups que têm a figura do DPO (Encarregado de Dados) a preço acessível.
No relatório da IBM, organizações que usaram IA e automação de forma extensa para tarefas de prevenção, detecção e resposta reportaram uma economia média de US$1,88 milhão. Mesmo em pequenas empresas, é possível adotar soluções modulares e acessíveis de automação para reduzir o tempo de detecção e contenção de incidentes.
É importante reforçar que a LGPD não exige perfeição, mas exige diligência e coerência. A boa prática de avaliação de riscos, ainda que feita com recurso limitado, demonstra que a empresa leva a sério a proteção de dados. Registrar os resultados dos mapeamentos, justificar escolhas, documentar correções e manter relatórios mesmo das ferramentas mais simples, já mostra responsabilidade.
No fim, para uma PME, a combinação de planilhas bem estruturadas, scanners acessíveis, automação leve, capacitação da equipe e métricas financeiras de risco representa uma abordagem equilibrada, eficiente e viável. Essas práticas não apenas ajudam a reduzir vulnerabilidades reais, mas também constroem credibilidade, reforçam a confiança dos clientes e colocam a empresa em posição de maior resiliência, tudo isso sem a necessidade de grandes investimentos.
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