Notícias
Governo quer apresentar projeto para unificar PIS e Cofins
Segundo o governo, uma única contribuição facilita a vida das empresas, mas especialistas dizem que a carga tributária vai é aumentar.
O governo quer apresentar um projeto para unificar o PIS e a Cofins. Eles financiam a Previdência e o seguro desemprego. Segundo o governo, uma única contribuição facilita a vida das empresas, mas especialistas dizem que a carga tributária vai é aumentar.
O ministro da Fazenda passou os últimos dias vendendo a ideia. A substituição do PIS, o Programa de Integração Social e da Cofins, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, por uma nova e única contribuição. A reação não foi boa.
“Se representar um aumento da carga tributária, certamente será modificada e não passará do jeito que vier”, conta deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ, presidente da Câmara.
O governo quer mesmo aumentar a alíquota, de 3,75% para 9,25% ou até mais. E a cobrança também vai mudar. Hoje a lei define os setores que podem ou não compensar, descontar da cobrança alguns insumos, o essencial para produzir um produto.
Um exemplo: na fabricação de sapatos a principal matéria-prima é o couro. Tudo começa na fazenda, com o abate dos bois. Depois, o couro vai para o curtume, para ser tratado. Aí, fábrica e finalmente as lojas. Em cada fase há a cobrança de PIS/Cofins em cascata. Mas o que foi recolhido: fazenda, curtume, fábrica; vira crédito, que é compensado.
Mas para setores, como construção civil e serviços, que hoje pagam a alíquota menor, não existe a possibilidade de compensação porque a principal despesa é a mão de obra, que não é considerada um insumo e, portanto, não pode ser descontada. Para esses setores, a cobrança é diferente. Mas de acordo com o governo, eles vão ter que adotar o sistema de compensação.
O setor contábil diz que a unificação pode elevar a carga tributária de serviços em cerca de R$ 35 bilhões, o dobro do valor pago hoje. O professor da Fundação Getúlio Vargas concorda.
“É aumento de imposto, sem nenhuma dúvida. Setenta por cento da nossa economia vem da área de serviços. E a área de serviços não vai conseguir gerar créditos tributários. Então, ela vai ter um aumento direto de alíquota, de PIS e Cofins”, conta William Eid Júnior, professor da FGV-SP.
O governo diz que as empresas vão ter outras opções, o que hoje não pode ser compensado, passará a ser. O governo só não disse o quê.
“Isso simplifica enormemente a vida das empresas. Torna elas mais produtivas. Ajuda a criar mais empregos. Tem uma certa complexidade, não é uma coisa assim, um programa para gastar dinheiro, mas é fundamental”, diz Joaquim Levy, ministro da Fazenda.
Links Úteis
Indicadores diários
| Compra | Venda | |
|---|---|---|
| Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.4431 | 5.4461 |
| Euro/Real Brasileiro | 6.33312 | 6.34921 |
| Atualizado em: 05/12/2025 18:09 | ||
Indicadores de inflação
| 09/2025 | 10/2025 | 11/2025 | |
|---|---|---|---|
| IGP-DI | 0,36% | -0,03% | |
| IGP-M | 0,42% | -0,36% | 0,27% |
| INCC-DI | 0,17% | 0,30% | |
| INPC (IBGE) | 0,52% | 0,03% | |
| IPC (FIPE) | 0,65% | 0,27% | |
| IPC (FGV) | 0,65% | 0,14% | |
| IPCA (IBGE) | 0,48% | 0,09% | |
| IPCA-E (IBGE) | 0,48% | 0,18% | 0,20% |
| IVAR (FGV) | 0,30% | 0,57% |